Conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso, principalmente as econômicas, se consolidaram ao longo do governo Lula.
Em 1978, FHC se lançou candidato ao Senado, mas perdeu a disputa e tornou-se suplente de Franco Montoro. Dois anos depois, filiou-se ao PMDB e, em 1983, assumiu como senador após a renúncia de Montoro, eleito governador de São Paulo.
Também ao lado de Ulysses Guimarães, tornou-se um dos articuladores da "Diretas Já". Em 1988, foi relator do regimento interno da Assembléia Constituinte. “Lula e Fernando Henrique Cardoso tiveram atividades mais ou menos paralelas no início da redemocratização”, de acordo com Fleischer.
Até no governo Collor, Lula e FHC estavam juntos como oposição, segundo o cientista político. “Collor chegou a convidar o Fernando Henrique para ser ministro, mas o Mário Covas o segurou. No governo de Itamar Franco, FHC teve grande papel primeiro como chanceler e depois como ministro da Fazenda”, lembra.
O fim da hiperinflação, resultado da política econômica implementada por ele no governo de Itamar, ergueu sua candidatura à presidência. Venceu Lula no primeiro turno, aprovou a reeleição e foi o primeiro presidente reeleito do Brasil.
“É muito difícil avaliar o governo de FHC porque ele é um ex-presidente mais ativo do que deveria ser”, diz Fleischer. Para o estudioso, ainda é muito cedo para avaliar o legado do governo de Fernando Henrique.
“Um governo deve ser avaliado depois de 20, 25 anos de seu término”, defende. A única certeza agora é a de que o Brasil, depois deles, é um país democrático e maduro, pronto para iniciar um novo ciclo de consolidação das conquistas econômicas e sociais, rumo a um novo patamar de desenvolvimento..
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